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Lawrence aposta no turismo religioso, na geração de emprego e renda e recebe adesões

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A iniciativa do presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim(SD) em resgatar a possibilidade de edificação do santuário de Santa Luzia ganha adesão entre religiosos, devotos da padroeira de Mossoró e região e do trade turístico estadual.

Estimulado com a real oportunidade de concretizar um projeto de destacada magnitude, o vereador Lawrence Amorim tem batido portas, reunindo-se com segmentos representativos diversos e ampliado o raio de adesões.

Em pronunciamento no dia 7 de Março, Lawrence enfatizou que a construção do santuário de Santa Luzia em Mossoró, é fundamental para fortalecer o turismo religioso, produzir divisas e gerar empregos. Ele conclamou a população a se inserir nessa luta.

Na ocasião ele fez menção à estátua de Santa Rita de Cássia, no município de Santa Cruz que, por ano, garante ao município a visita de cerca de 350 mil pessoas (nove vezes a população local). Também lembrou Juazeiro do Norte (CE), do porte de Mossoró e destino anual de 2,5 milhões turistas, com o santuário de Padre Cícero Romão Batista.

“São dois exemplos que servem para Mossoró. Nosso município, com o santuário de Santa Luzia, poderia atrair mais de 2 milhões de visitantes, após alguns anos. Isso resultaria em ao menos R$ 200 milhões anualmente injetados na economia local e cerca de dois mil empregos diretos e indiretos gerados”, realçou.

No Brasil, o turismo religioso movimenta R$ 15 bilhões por ano em mais de 300 locais. O Santuário de Aparecida (SP) é o principal destino. Em 2022, recebeu oito milhões de turistas e movimentou R$ 1 bilhão. Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), trabalha com a Diocese para viabilizar o santuário de Nossa Senhora de Fátima.

“É inegável a importância do turismo religioso para diversificar a economia dos municípios. Movimenta toda uma cadeia. Mossoró precisa de novas ferramentas para arrecadar e gerar emprego e renda, e o santuário de Santa Luzia é uma alternativa viável. O projeto foi debatido, caiu no esquecimento e Mossoró perde muito com isso”, lembra o parlamentar.

Lawrence explicou que a estátua de Santa Rita de Cássia, a preço de hoje, custou cerca de R$ 15 milhões. Só de emenda individual, cada senador (a) e deputado (a) potiguar pode indicar, respectivamente, R$ 59 milhões e R$ 32 milhões em emendas individuais. Sem falar nas emendas de bancada – R$ 38 milhões para cada parlamentar.

O vereador defende o apoio da bancada federal e de outros agentes. “É fundamental uma junção de forças da Diocese, Poder Executivo, Poder Legislativo, Governo do Estado, bancada federal, bancada estadual, entidades de classe e empresariais e fiéis”, frisa, ao arrematar: “Sem o santuário, Mossoró perde milhões de reais todos os anos”.

Acjus encabeça conjunto em entidades e instituições de apoio ao santuário

Durante reunião do projeto “Pensando Mossoró”, na noite dessa quinta-feira (23/03), no Palácio Cultural Acadêmico Milton Marques, sede da Acjus, no conjunto Abolição 2, várias entidades e instituições culturais, encabeçadas pela Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (Acjus), confirmou a produção de um documento oficial, em apoio à ideia da construção do santuário de Santa Luzia em Mossoró, para envio às autoridades competentes.

Realizado nas últimas quintas-feiras do mês, o “Pensando Mossoró” reúne em roda de conversa dois convidados por vez, em discussão de temas de relevância para Mossoró, com membros da Acjus e de outras academias culturais.

Neste encontro, o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (Solidariedade), foi convidado para discorrer sobre a proposta do santuário de Santa Luzia. Por iniciativa dele, a Câmara Municipal de Mossoró resgatou o debate sobre o santuário.

O outro convidado foi o promotor Hermínio Perez Júnior, titular da 18ª Promotoria de Justiça. Ele abordou acessibilidade e mobilidade urbana, no contexto da ocupação irregular de calçadas no centro da cidade. Perez é autor de ação judicial nessa seara.

“O primeiro passo é discutir com a sociedade. Fizemos contato com a Diocese e ampliaremos o debate, com audiência pública na Câmara, em abril. Depois, temos que pensar no projeto, local e orçamento, e buscar união da classe política e da sociedade, a fim de tentar recursos dos tesouros nacional, estadual, municipal”, disse o vereador.

Padre Sátiro se entusiasma e assegura que não vai faltar apoio

Participante da reunião, membro da Acjus, o padre Sátiro Cavalcante Dantas lembrou do santuário do Lima, em Patu, e da estátua Frei Damião, em São Miguel, construído, segundo ele, com apoio da sociedade. “Então, com o Santuário de Santa Luzia, tenho certeza que não vai faltar gente para ajudar”, afirmou.

O presidente da Acjus, Wellington Barreto, assegurou apoio de 10 a 12 academias à ideia. “No passado recente, houve descrédito com esse projeto, pela forma como foi encaminhado. Mas como o presidente Lawrence está buscando encaminhar, é a forma correta. Vamos abraçar essa causa”, assegurou.

Outros presentes, como o empresário Elviro Rebouças, somaram-se à causa. Também na reunião, o vereador Edson Carlos (Cidadania) reiterou apoio à ideia, e o presidente da Frente Integrada do Movimento Comunitário, José Maria da Silva, reforçou o aval à proposta. Une-os, em comum, os benefícios para Mossoró advindos do santuário de Santa Luzia.

Santa Luzia

Procissão de Santa Luzia, o ponto alto da maior festa religiosa do Rio Grande do Norte
De acordo com recortes históricos, a tradição dos festejos populares em torno da padroeira de Mossoró, Santa Luzia, tem seu ponto alto no dia 13 de dezembro, dia consagrado a Santa Luzia.

A festa tradicional e popular é celebrada principalmente na Escandinávia, em partes dos Estados Unidos (normalmente por pessoas com raízes nos países escandinavos), no Brasil, e em alguns países da Europa do Sul, como Portugal.

Em Mossoró, desde a chegada de uma imagem há mais de 200 anos, que a Festa de Santa Luzia acontece. Quando o povoado de Mossoró se tornou vila em 15 de março de 1852, Santa Luzia se estabeleceu oficialmente como a padroeira da cidade. Essa tradição de celebrar a Virgem de Siracusa só deixou de acontecer três vezes ao longo dos anos.

A primeira edificação no local foi uma capela fundada oficialmente no dia 5 de agosto de 1772. Na ocasião, o sargento-mor da ribeira do Mossoró, Antônio de Souza Machado, e sua mulher, Rosa Fernandes, receberam autorização para construir uma capela na fazenda Santa Luzia, de sua propriedade. Em 13 de julho de 1801, Rosa Fernandes, já viúva, doou o patrimônio da Capela de Santa Luzia, onde já eram enterrados os mortos da cidade desde 1773. Em 1830 foi feita uma reforma na capela, que recebeu uma imagem de Santa Luzia de Mossoró, em madeira, esculpida em Portugal.

Até 1842, a capela era ligada à freguesia de Apodi. Naquele ano, foi elevada à categoria de igreja matriz. Com o crescimento da cidade, ficou pequena para atender às necessidades da população. Assim, em 24 de março de 1858 iniciou-se a sua reconstrução, no mesmo local. A obra demorou dez anos, e a igreja foi reinaugurada ainda sem a conclusão das torres, que só ficariam prontas em 1910 quando o padre Pedro Paulino Duarte da Silva promoveu na época uma meritória campanha em prol da conclusão das torres da igreja. Em 28 de julho de 1934, com a criação da Diocese de Mossoró, a matriz de Santa Luzia tornou-se a catedral diocesana.

Recentemente, a catedral de Santa Luzia passou por ampla reforma, o que cada vez mais contribui para enaltecer a fé a devoção em Santa Luzia.

Durante a gestão do ex-prefeito Francisco José Júnior, a Prefeitura chegou a receber do Escritório de Arquitetura Escala, de João Pessoa, Paraíba, o projeto arquitetônico e maquete eletrônica do Santuário de Santa Luzia, que será disponibilizado pelo Executivo para que a obra seja viabilizada através da iniciativa privada, por meio de uma Sociedade para Fins Específicos (SPE). Mas na ocasião, o projeto não teve como ser viabilizado.

A construção de um santuário, diante da proposta e da união de forças que o vereador Lawrence Amorim está arregimentando, só amplia a ação religiosa e estimula a economia local a partir do turismo religioso. Desta feita, não tem faltado adesão.